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A ESCRITA COMO RESISTÊNCIA E REPRESENTATIVIDADE

  A ESCRITA COMO RESISTÊNCIA E REPRESENTATIVIDADE NA OBRA QUARTO DE DESPEJO , DE CAROLINA MARIA DE JESUS Autora: Lívia Ramos Diniz   Não se pode esquecer, jamais, o movimento executado pelas mãos catadoras de papel, as de Carolina Maria de Jesus que, audaciosamente reciclando a miséria de seu cotidiano, inventaram para si um desconcertante papel de escritora .   Conceição Evaristo (2009)   1.                   Introdução O livro Quarto de despejo: diário de uma favelada (2014), da escritora Carolina Maria de Jesus (1914-1977), é um marco na literatura brasileira e amplamente reconhecido internacionalmente. Ele foi “traduzido para 14 línguas, publicado em 20 países, circulando por 40 países, cuja venda alcançou a marca de um milhão de exemplares”, (FERNANDEZ, 2015, p. 221). A partir da leitura dessa obra podemos reconhecer o lugar de fala de Carolina e também conhecer o modo com que ela apresenta suas percepções acerca de variadas temáticas, dentre elas: o racismo, a